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Estratégias de Apoio Psicológico e Comunidade no Combate à Ecoansiedade

O Papel Fundamental do Suporte Psicológico


A ecoansiedade, termo amplamente discutido por Panu Pihkala, refere-se ao sofrimento emocional causado pela percepção da crise ambiental global. Segundo Pihkala (2020), esse sentimento está associado ao medo, impotência e culpa diante das mudanças climáticas. O suporte psicológico tem um papel central na mitigação desses sentimentos, especialmente por meio de terapias focadas na gestão da ansiedade. As psicoterapias auxiliam na reestruturação de pensamentos negativos, promovendo maior equilíbrio emocional. Além disso, técnicas de aceitação e compromisso (ACT) podem ser úteis para ajudar os indivíduos a enfrentarem a incerteza ambiental e encontrarem propósito em ações construtivas, canalizando sua preocupação para soluções práticas.

 

Construção de Resiliência e a Transformação da Ansiedade em Ação


Para Pihkala (2020), uma abordagem crítica na gestão da ecoansiedade é a construção da resiliência. A resiliência refere-se à capacidade de adaptação diante das adversidades, permitindo que os indivíduos lidem melhor com o estresse ambiental sem perder seu senso de controle. A prática da atenção plena (mindfulness) é uma ferramenta eficaz nesse processo, pois ajuda a regular as respostas emocionais ao enfrentar notícias e eventos climáticos devastadores. Segundo Pihkala, transformar a ansiedade em ação construtiva, como a participação em movimentos de sustentabilidade, não apenas alivia o sofrimento psíquico, mas também gera um senso de contribuição para um bem maior. Essa atitude pró-ativa fortalece o sentimento de agência e diminui a sensação de impotência.

 

O Poder da Comunidade no Apoio à Saúde Mental


Outro ponto central no trabalho de Pihkala é o papel da comunidade no apoio emocional de pessoas que sofrem de ecoansiedade. Envolver-se em grupos que compartilham preocupações ambientais cria um espaço para diálogo e expressão de emoções, o que é fundamental para aliviar o peso emocional das questões climáticas. A participação em iniciativas comunitárias permite que os indivíduos transformem suas preocupações em ação coletiva, promovendo mudanças locais enquanto fortalecem laços sociais. Para Pihkala, o apoio social serve como um amortecedor contra o isolamento, que é comum entre aqueles que sofrem profundamente com a ecoansiedade. Além disso, esses grupos oferecem um ambiente seguro para discutir as complexas emoções geradas pela crise climática, permitindo uma troca de estratégias para lidar com a ansiedade de forma mais saudável.

 

Referências Bibliográficas 

Pihkala, P. (2020). Eco-anxiety and environmental education. Sustainability, 12(23), 10149. 

Clayton, S., Manning, C., Krygsman, K., & Speiser, M. (2017). Mental health and our changing climate: Impacts, implications, and guidance. American Psychological Association. 

Reser, J. P., & Bradley, G. L. (2017). Fear appeals in climate change communication. In Moser, S. C., & Dilling, L. (Eds.), The Oxford Handbook of Climate Change and Society (pp. 263-273). Oxford University Press.

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